OS MORFEMAS - Os morfemas
Vamos aprender mais sobre os morfemas.
A morfologia é a parte da gramática que estuda a palavra sob o ponto de vista de sua forma. Seus principais objetivos são:

 

Identificar os elementos que constituem a palavra. 

Determinar qual o processo de formação foi utilizado. 

Determinar a que classe a palavra pertence, bem como suas possíveis flexões, ou seja, variações de forma. 

 

 

Através do estudo da morfologia, é possível dividir a palavra em unidades mínimas significativas, os chamados morfemas. 

 

Cada morfema que participa da formação da palavra, possui uma função específica:

Radical 

Mostra o significado básico da palavra e a ele são agregados os demais morfemas.
Exemplos:
invencível
desatento

 

Prefixo

É o morfema que aparece antes do radical, e assim, forma uma nova palavra.
Exemplos:
invencível
desatento

 

Sufixo

É o morfema que aparece depois do radical e, assim como o prefixo, forma uma nova palavra.
Exemplos: 
invencível
distraidamente

 

Desinências nominais

Agregam-se aos nomes e servem para indicar o gênero, masculino ou feminino e o número, singular ou plural.
Exemplos: 
Menina
Meninas
Menino
Meninos

 

Desinências verbais

Indicam a pessoa gramatical, o número, o tempo e o modo nas formas verbais.
Exemplos: 
brincávamos
brincávamos

 

Vogal temática

São as vogais a, e, i que, aparecem nas formas verbais e posicionam-se entre o radical e as desinências.
Exemplos: 
brincávamos
beberiam
partissem

 

Outros aspectos relevantes:

Há palavras que são formadas apenas pelo seu radical.
Exemplos: paz, rua, flor, mar.

 

As palavras cognatas são aquelas formadas a partir de um mesmo radical.
Exemplos: 
Amigo, amizade, inimigo, amistoso, amigavelmente.
Amor, amoroso, amável, desamor.
Lei, legal, ilegal, legalização, legislativo, legislatura.

 

Processos de formação de palavras

A língua portuguesa atualmente é constituída por quase 400 mil palavras. Muitas delas, é claro, foram surgindo ao longo dos anos, conforme a necessidade da sociedade que vem evoluindo continuamente. 
Na maior parte das vezes, as palavras são criadas a partir de elementos já existentes na própria língua.
Vejamos, então, como são classificadas as palavras conforme a sua origem:

 

Palavras primitivas:

São as palavras que não se originaram de outras já existentes na língua portuguesa e que servem como base para a formação de palavras derivadas.
Exemplos: 
Mexer, pedra, casa, flor.

 

Palavras derivadas:

São as palavras formadas a partir de uma outra palavra ou radical.
Exemplos: pedreira, pedreiro, casebre, casarão, floricultura.
As palavras derivadas podem ser classificadas das seguintes formas: 

 

Derivação prefixal:

Esse processo refere-se às palavras formadas a partir do prefixo + palavra primitiva, ou seja, anexando-se um prefixo à palavra primitiva já existente.
Exemplos: 
des + fazer = desfazer
semi + círculo = semicírculo
re+ fazer = refazer.

Derivação sufixal:

Processo em que as palavras são formada a partir de uma palavra primitiva + um sufixo:
Exemplos: 
Alegre + mente = alegremente
Carinho + oso = carinhoso
Árvore + edo = arvoredo

 

Derivação parassintética:

Nesse processo o prefixo e o sufixo juntam-se simultaneamente à palavra primitiva ou radical: prefixo + palavra primitiva + sufixo
Exemplos: 
es + frio + ar = esfriar
em + pobre + ecer = empobrecer
des + alma + do = desalmado

 

Derivação imprópria: 

Nesse tipo de derivação, ocorre a mudança de classe gramatical na palavra sem que haja qualquer alteração em sua forma.
Exemplos: 
Luz brilhante (adjetivo que indica algo que brilha)
Ana ganhou um brilhante (substantivo indicando anel)
Não (advérbio de negação) aceito um não (substantivo) como resposta.

 

Derivação regressiva:

É o processo que, geralmente, dá origem a substantivos indicadores de ação, através do acréscimo das vogais -a, -e ou -o ao radical dos verbos. 
Os substantivos que são formados dessa maneira são denominados derivados regressivos ou deverbais.
Exemplos: 
Vender (verbo) – vend + a = venda (substantivo)
Empatar (verbo) – empat + e = empate (substantivo)
Trabalhar (verbo) – trabalh + o = trabalho (substantivo)
Chorar (verbo) – chor + o = choro (substantivo)

 

Composição:

É o processo que ocorre através da junção de dois ou mais radicais.

 

Composição por justaposição:

Ocorre quando os radicais se juntam sem que ocorra nenhuma alteração.
Exemplos: 
Passa + tempo = passatempo
Gira + sol = girassol
Cachorro + quente = cachorro-quente

 

Composição por aglutinação: 
Ocorre quando pelo menos uma das palavras sofre alteração na pronúncia e na grafia.
Exemplos: 
Outra + hora = outrora 
Plano + alto = planalto
Em + boa + hora = embora 

 

Hibridismo:

Ocorre com a junção de elementos de idiomas diferentes.
Exemplos: 
Tele (grego) + visão (latim) = televisão
Surf (inglês) + ista (latim) = surfista
Auto (grego) + móvel (latim) = automóvel

 

Onomatopeia:

Processo que dá origem a palavras que imitam sons ou ruídos.
Exemplos: 
tique-taque 
zunzunzum
clique

 

Sigla:

São as palavras formadas pelas letras iniciais de várias palavras que formam um nome.
Exemplo: 
ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio

 

Redução vocabular: 

Reduz o tamanho de uma palavra, sem que, no entanto ocorra a perda de sua compreensão.
Exemplos: 
Microcomputador = micro
Motocicleta = moto
Pneumático = pneu
Gostou do artigo sobre os morfemas? Então, leia também  Questões sobre morfologia

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