Entenda de uma forma simples a diferença entre a regência nominal e a regência verbal.
Regência Nominal
É a relação entre os nomes e seus complementos. Essa relação é estabelecida através de preposições.
O bacharel em Direito pode prestar concursos. (bacharel em e não bacharel de)
Tenho horror às aranhas. (e não “Tenho horror de aranhas.”)
Essa resposta é compatível com a pergunta. (e não “Essa resposta é compatível a pergunta”.)
Regência Verbal
É a parte da língua que estuda a relação entre os verbos e os termos que se seguem a eles e completam o seu sentido.
Os verbos são os termos regentes, e os objetos (direto e indireto) e adjuntos adverbiais são os termos regidos.
Assistir
Com o sentido de ver exige preposição:
Que tal assistirmos ao jogo?
Com o sentido de dar assistência não exige preposição:
Sempre assistiu pessoas mais carentes.
Com o sentido de pertencer exige preposição:
Assiste aos prejudicados o direito de processo judicial.
Chegar
É regido pela preposição “a”:
Chegamos ao local marcado.
Essa é a forma padrão. Mas, nas coversas informais, podemos observar a forma coloquial: Chegamos no local marcado.
Custar
Com o sentido de ser custoso exige preposição:
Aquela decisão custou ao amigo.
Apresentando o sentido de valor não exige preposição:
Aquela coleção custou caro.
Obedecer
O verbo obedecer é transitivo indireto, portanto, exige preposição:
Obedeça ao supervisor!
Na linguagem informal, é usado como verbo transitivo direto: Obedeça o supervisor!
Proceder
Apresentando o sentido de fundamento é verbo intransitivo:
Essa sua dúvida não procede.
Apresentando o sentido de origem exige preposição:
Essa sua dúvida procede de outras situações.
Visar
Apresentando o sentido de objetivo exige preposição:
Visamos ao cargo.
Na linguagem coloquial, encontramos o verbo sem preposição, ou seja, como verbo transitivo direto: Visamos o cargo.
Apresentando o sentido de mirar não exige preposição:
O atirador visou o alvo à distância.
Esquecer
O verbo esquecer é transitivo direto, portanto, não exige preposição:
Esqueci o meu livro de história.
Na forma pronominal, deve ser usado com preposição: Esqueci-me do meu livro de história.
Querer
Com o sentido de desejar não exige preposição:
Quero ficar em casa hoje.
Com o sentido de estimar exige preposição:
Queria muito aos meus companheiros de trabalho.
Aspirar
Apresentando o sentido de respirar ou absorver não exige preposição:
Aspirou todo o ambiente
Apresentando o sentido de pretender exige preposição:
Aspirou ao cargo de supervisor.
Informar
O verbo é transitivo direto e indireto, sendo assim, exige um complemento sem e outro com preposição:
Informei o fato aos professores.
Ir
O verbo ir é regido pela preposição “a”:
Vou à praia.
Implicar
Apresentando o sentido de consequência, o verbo implicar é transitivo direto e não exige preposição:
O seu pedido implicará um novo prazo de entrega.
Apresentando o sentido de embirrar, é transitivo indireto e exige preposição:
Implica com tudo!
Morar
É regido pela preposição “em”:
Mora no sul do estado.
Namorar
É transitivo direto, embora as pessoas usem sempre seguido de preposição:
Namorou a Carina durante anos.
“Namorou com a Carina durante anos” não é gramaticalmente aceito.
Preferir
É transitivo direto e indireto.
Prefiro salada a carne.
Simpatizar
É transitivo indireto e exige a preposição “com”:
Simpatiza com os vizinhos do bairro.
Chamar
Apresentando o sentido de convocar não exige complemento com preposição:
Chama o diretor!
Apresentando o sentido de apelidar exige complementos com e sem preposição:
Chamou ao amigo de Mauricinho.
Chamou amigo de Mauricinho.
Chamou ao amigo Mauricinho.
Chamou amigo Mauricinho.
Pagar
Quando informamos o que pagamos o complemento não tem preposição:
Paga o caderno?
Quando informamos a quem pagamos o complemento exige preposição:
Paga o caderno ao balconista.
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