Preparando-se para o supletivo? Então estude através da resolução da prova ENCCEJA fundamental 2017.
Para atrair a atenção do leitor, o gênero capa de revista geralmente lança mão da linguagem verbal e não verbal. Considerando-se o texto escrito dessa manchete, a imagem tem a função de:
a) reforçá-lo
b) questioná-lo
c) ridicularizá-lo
d) exemplificá-lo
2.
Esse cartaz faz parte de uma campanha publicitária governamental, cujo objetivo é:
a) informar sobre os riscos de contágio da dengue.
b) alertar as pessoas sobre os sintomas da dengue.
c) orientar os médicos sobre como tratar os doentes de dengue.
d) anunciar os postos de atendimento aos infectados pelo vírus da dengue.
3.
Os sinais gráficos e a expressão do cachorro no terceiro e no quarto quadrinhos demonstram que o personagem está:
a) feliz com a atitude do amigo
b) satisfeito com o diálogo estabelecido
c) apreensivo com o rumo da conversa
d) frustrado com a qualidade da interação
4.
Esse texto pertence ao gênero textual biografia por causa da presença de:
a) palavras que caracterizam o estilo cinematográfico de Fritz Lang.
b) fatos que estabelecem a cronologia das realizações de Fritz Lang.
c) acontecimentos históricos que indicam as influências sofridas por Fritz Lang.
d) imagens que ilustram os dados apresentados sobre a produção de Fritz Lang.
5.
Ceninha caseira
A família reunida
No almoço do domingo:
– Mãe,me dá laranjada.
– A laranja se acabou.
– Mãe, me dá limonada.
– O limão se acabou.
No almoço de domingo
Da família reunida
Ninguém pede amorada,
Que o amor também se acabou.
ANTUNES, S. Relógio da sala. São Paulo: Salesiana, 1986.
O poeta Sérgio Antunes aborda uma cena corriqueira de encontro familiar para construir sua crítica às relações humanas. Para isso, o autor criou a palavra “amorada” para:
a) referir-se ao suco feito de amora.
b) relacionar-se ao suco de fruta que acabou.
c) deter-se na carência resultante da ausência.
d) centrar-se no afeto que vem do amor familiar.
6.
Língua
Esta língua é como elástico
que espicharam pelo mundo.
No início era tensa,
de tão clássica.
Com o tempo, se foi amaciando,
foi se tornando romântica,
incorporando os termos nativos
e amolecendo nas folhas de bananeira
as expressões mais sisudas.
Um elástico que já não se pode
mais trocar, de tão gasto;
nem se arrebenta mais, de tão forte.
Um elástico assim como é a vida
que nunca volta ao ponto de partida.
TELES, G. M. Falavra. Lisboa: Dinalivro, 1989.
As metáforas que constituem o poema resgatam a ideia de que a língua portuguesa se expandiu e se modificou. Os versos que expressam a ideia de que esse é um processo irreversível são:
a) “No início era tensa / de tão clássica.”
b) “Com o tempo, se foi amaciando,/ foi se tornando romântica.”
c) “e amolecendo nas folhas de bananeira/ as expressões mais sisudas.”
d) “Um elástico assim como é a vida/ que nunca volta ao ponto de partida.”
O mundo é um moinho
Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás envolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás o que és
Ouça-me bem,amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar seus sonhos, tão mesquinhos
Vai reduzir ilusões a pó.
CARTOLA. Disponível em: https://letras.mus.br. Acesso em 6 set. 2013 (fragmento).
No contexto da música popular brasileira, Cartola representa uma das mais importantes expressões do samba. Na letra da canção, o eu poético tematiza, por meio de uma linguagem apurada, o(a)
a) aconselhamento amoroso.
b) pressa do mundo moderno.
c) desespero ante a perda de um afeto.
d) cautela diante das decisões impensadas.
A origem do rio Amazonas
Há muitos anos a Lua era noiva do Sol, que com ela queria se casar, mas, se isso acontecesse, se chegassem a se casar, destruir-se-ia o mundo. O amor ardente do Sol queimaria o mundo e a Lua com suas lágrimas inundaria toda a Terra. Por isso não puderam se casar. A Lua apagaria o fogo; o Sol evaporaria a água.
Separaram-se, então, a Lua para um lado e o Sol para o outro. Separaram-se. A Lua chorou todo o dia e toda a noite; foi então que as lágrimas correram por cima da Terra até o mar. O mar embraveceu e por isso não pode a Lua misturar as lágrimas com as águas domar, que meio ano corre para cima e meio ano corre para baixo.
Foram as lágrimas da Lua que deram origem ao nosso rio Amazonas.
LISBOA, H.Literatura oral para a infância e a juventude: lendas, contos e fábulas populares no Brasil. São Paulo: Peirópolis, 2002.
A lenda da formação do rio Amazonas, segundo tradição indígena, consiste em uma recriação mágica que procura:
a) explicar os recursos naturais em sua grandeza.
b) questionar a direção do fluxo das águas.
c) relatar a história da evolução da Terra.
d) encontrar a origem do dia e da noite.
Caminho para emprego
Para quem não terminou o ciclo básico de ensino, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma opção de continuar os estudos e ascender profissionalmente. L.M.J é coordenadora da EJA na Secretaria de Educação do DF e explica que essa modalidade de ensino é pensada justamente para a classe trabalhadora. O papel da escola é resgatar o conhecimento que ela tem e promover o diálogo com as disciplinas básicas, como matemática e português, dando um novo sentido ao saber do próprio indivíduo.
É o caso de de E.M., 58 anos, dona de uma loja de materiais esportivos da Feira do Guará. Filha de comerciante, sempre foi uma boa vendedora, mas, com a morte do marido, precisou aprender a gerenciar o negócio. Este semestre ela receberá a certificação de conclusão do ensino médio e terá uma nova profissão: a de técnica em administração.
NIEDERANER, M. Correio Braziliense, 8 set.2013 (adaptado).
No trecho “O papel da escola é resgatar o conhecimento que ela tem”, o pronome pessoal “ela” faz referência à:
a) Educação de Jovens e Adultos
b) Secretaria de Educação
c) filha de comerciante
d) classe trabalhadora
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim,calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
– Em que espelho ficou perdida
a minha face?
MEIRELES, C. Poesia completa. Rio de Janeito:Nova Aguilar, 1994.
No texto Retrato, predominam as funções poética e emotiva, estabelecidas na articulação de elementos linguísticos que expressam:
a) questionamentos a respeito da veracidade da imagem refletida no espelho
b) informações a respeito do modo como o gosto das pessoas pode ser alterado
c) argumentos a favor da capacidade de trabalho de mãos fortes e vivas
d) avaliações do eu lírico a respeito de sua condição física e psicológica
Sonhos d´ouro
Estando provado pelas mais sábias e profundas investigações começadas por Jacob Grimm, e ultimamente desenvolvida por Max Müller, a respeito da apofonia, que a transformação mecânica das línguas se opera pela modificação dos órgãos da fala, pergunto e não se riam, que é mui séria a questão: “O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a jabuticaba pode falar uma língua com igual pronúncia e o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pera, o damasco e a nêspera?”.
ALENCAR. . Ficção completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1965.
Com uma pitada de humor,o texto apresenta uma séria reflexão a respeito da identidade brasileira com base na diferença entre o português falado no Brasil e o português falado em Portugal. O aspecto bem-humorado do texto está centrado na:
a) comparação entre essas variedades linguísticas com base na modificação dos órgãos da fala.
b) nomeação da experiência vivenciada pelos falantes com os frutos específicos de sua terra.
c) cientificidade de estudos da linguagem iniciados por um autor de contos de fadas.
d) referência a autores do passado cujas descobertas já estão desatualizadas.
12.
Argumento
Mas se todos fazem
ALVIM, F. Disponível em: www.antoniomiranda.com.br. Acesso e, 11 set. 2013.
O poema Argumento constitui-se de um único verso, uma frase muito utilizada para:
a) esclarecer fatos duvidosos.
b) justificar fatos questionáveis.
c) descrever problema difíceis.
d) narrar ações passadas.
13.
O autor constrói o humor da tirinha a partir da referência a personagens de outra história. Essa referência se estabelece pela(s)
a) posição das personagens nos quadrinhos.
b) contextualização feita no primeiro quadrinho.
c) falas da personagem feminina no último quadrinho.
d) associação das imagens à última fala no segundo quadrinho.
14.
Ao utilizar um personagem de conto de fadas em uma campanha contra o desmatamento, objetiva-se:
a) conscientizar o leitor sobre a importância da literatura infantil para formar futuros leitores.
b) orientar sobre os riscos de as crianças andarem desacompanhadas em ambientes desmatados.
c) motivar os pais a apresentarem às crianças textos com temáticas voltadas para a formação da cidadania.
d) alertar o leitor em relação às consequências da agressão ao meio ambiente para as gerações futuras.
15.
A Ciência contra a fome
O mundo ainda não tinha um bilhão de habitantes quando Thomas Malthus disse que ia faltar comida. Em 1798, o economista britânico previu que a humanidade estava condenada. Felizmente, Malthus estava errado: má distribuição à parte, temos mais hoje do que podemos comer. Mas teremos o suficiente até 2050, quando passaremos de 7 para 10 bilhões de humanos dividindo o planeta?
A questão não é só que a população vai aumentar,mas que as pessoas tendem a enriquecer,ou seja, devem comer (e desperdiçar) mais. A ONU calcula que, apesar do aumento de 33% na população,a demanda por alimentos vai disparar em 60%. A OCDE calcula que o consumo anual de carne passe de 43 Kg por terráqueo para 68 Kg, o que também vale para legumes, verduras, frutas, raízes e outros vegetais.
AZEVEDO, D. Superinteressante, n. 333, maio2014.
O autor prevê que por volta de 2050, haverá falta de comida no mundo. O argumento que fundamenta essa ideia é o(a):
a) previsão do estudioso inglês Thomas Malthus.
b) má divisão de comida entre os habitantes.
c) aumento e enriquecimento da população.
d) procura e consumo de carne no futuro.
16.
Hospedada em um hotel na cidade de Belo Horizonte,a professora baiana Carminha liga para a recepção:
– Por favor,está esfriando, eu gostaria de uma coberta.
A camareira leva ao quarto um lençol de algodão. Carminha estranha:
– Mas eu pedi uma coberta! Você me trouxe um lençol.
– Desculpa senhora,mas isso é uma coberta.
– Não, isso é um lençol, coberta é grossa, quente.
– Ah, senhora, então a senhora queria um cobertor. Já vou trazer.
Antes que a camareira saísse, Carminha pergunta:
– Me diga uma coisa, aqui tem muita muriçoca?
– Heim? – pergunta a camareira. – Não tô entendendo.
– Muriçoca, aquele bichinho que pica a gente de noite, fica zoando no ouvido…
– Ah, pernilongo, o mosquitinho. Tem não senhora, nessa época não, não precisa se preocupar.
O diálogo é um exemplo de variedade linguística brasileira que, não poucas vezes, gera alguns problemas de compreensão entre os falantes. Nesse diálogo, a dificuldade de entendimento entre as interlocutoras deveu-se:
a) às diferenças regionais entre ambas.
b) ao nível de formalidade da situação.
c) à diferença de idade entre as duas.
d) às diferentes classes sociais das duas.
Visita do compadre
Um homem que morava na cidade teve um dia vontade de sentir o cheiro do mato. Ao chegar no interior onde vivia seu compadre Bastião, foi encontrá-lo na roça. Resolveu, depois de muitas conversas, brincar de antônimo com o amigo?
– O compadre sabe o que é antônimo?
– Num sei não.
– É o oposto, vou dar uns exemplos: o antônimo de gordo é magro, de fraco é forte, de rico é pobre. Entendeu?
– Agora eu já sei, cumpade! E vou lhe perguntar: ocê sabe o antônimo de fumo?
– Mas… fumo não tem antônimo, fumo é o que você planta.
– É não, sô! O contrário de fumo é voltemo.
Disponível em: www.mundoletras2009.blogspot.com.br. Acesso em 8 set. 2013 (adaptado).
Nessa conversa entre um homem do campo e um homem da cidade, o efeito humorístico é consequência do:
a) emprego de palavras que apresentam sentidos semelhantes na fala dos personagens.
b) uso da variedade popular da língua pelo personagem da cidade, para aproximar sua fala da fala de seu amigo do campo.
c) emprego da variedade culta da língua pelo personagem da cidade, para facilitar a comunicação com seu amigo do campo. d) uso de um vocábulo característico do falar regional, que se iguala a outro vocábulo na fala, mas mantendo sentidos diferentes.
18.
A formação do Brasil
Sempre me preocupam posições aleatórias ou radicais, com ou sem fundo ideológico, com respeito à formação étnica e cultural do Brasil. Temos oficialmente o Dia do Índio e o Dia do Negro. Divulgam-se e se promovem programas, disciplinas, mil atividades quase sempre relacionadas ao índio e ao negro. Mas do que justo. O primeiro, porque foi o morador desta terra, quando aqui chegamos e o destruímos. O segundo, porque, com seu sangue, sofrimento e trabalho escravos – como boa parte do mundo tinha, incluindo tribos africanas e povos dos mais variados que, vergonha, escravizavam grupos vencidos em guerras.
Esse triste capítulo passou. Deixou marcas, como todos os males deixam, mas estamos trabalhando, e acho, num país com menos preconceito e mais respeito pelas diferenças, sejam quais forem.
LUFT, L. Veja, n. 2 264, 11 abr. 2013 (adaptado)
Abordando o tema da formação do Brasil, a autora organizou esse texto na forma de um(a)
a) notícia de jornal.
b) artigo de opinião.
c) relato pessoal.
d) reportagem.
19.
Nos textos, o diminutivo pode assumir diferentes sentidos. Nessa tirinha, o sentido que a terminação “-inha” acrescente à palavra “trouxinha” é de:
a) ironia. b) tamanho. c) afetividade.
d) menosprezo.
20.
A propaganda sobre a preservação do meio ambiente trabalha com os diferentes sentidos da palavra “saco”. No texto, “saco” expressa um tipo de embalagem e, em seguida, uma ideia de:
a) descontentamento.
b) durabilidade. c) esperança.
d) ameaça.
21.
Cuide do que está próximo de você: cuidar dos espaços públicos da sua cidade e aproveitá-los é cuidar do meio ambiente.
O movimento pela retomada e pelo cuidado com os espaços públicos está se espalhando. Em algumas grandes cidades brasileiras, começam a surgir, por exemplo, iniciativas de hortas urbanas. Que tal participar de uma dessa sou até iniciar um movimento para a criação de uma horta perto da sua casa? Eventos como a Virada Sustentável, realizada em São Paulo, também são exemplos de como olhar os espaços em que habitamos com mais cuidado e em favor da sustentabilidade. Ações coletivas de cuidado com bens comuns permitem a interação, e é por meio delas que valorizamos mais emoções e experiências do que a satisfação que muitas vezes buscamos com o consumo de um produto. Participe dessas iniciativas!
Disponível em: www.akatu.org.br. Acesso em: 20 ago. 2010 (adaptado).
O texto visa conscientizar a população sobre a necessidade de participação no aproveitamento e na transformação dos espaços urbanos. Um recurso linguístico que contribui para o convencimento do leitor é o uso:
a) de frases emotivas, que sensibilizam para a mudança de hábitos nos espaços da cidade.
b) da linguagem coloquial, que aproxima o público jovem das ideias defendidas no texto
c) de estrutura interrogativa, que convida o leitor a participar de projetos já em andamento.
d) dos verbos no tempo presente, que aproximam os projetos em andamento do leitor.
Gabarito:
- A
- B
- D
- B
- C
- D
- D
- A 9
- D
- D
- B
- B
- D
- D
- A
- A
- D
- B
- B
- A
- C
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