Questões sobre o Parnasianismo

QUESTOES SOBRE O PARNASIANISMO - Questões sobre o Parnasianismo

1. UEL 

O Parnasianismo brasileiro foi um movimento.

a) Poético do final do século XIX e início do século XX.
b) Lítero-musical do final do século XVIII e início do século XIX.
c) Poético do final do século XVIII e início do século XIX.
d) Teatral do final do século XX.
e) Lítero-musical do início do século XX.

 

 

2. UCSAL

Olavo Bilac, Raimundo Correia e Alberto de Oliveira são representantes de uma mesma escola literária. Assinale a alternativa cujos versos exemplificam as características dessa escola.

a) A noite caiu na minh’alma, 
fiquei triste sem querer.
Uma sombra veio vindo,
veio vindo, me abraçou.
Era a sombra de meu bem
que morreu há tanto tempo. 

 

b) Dorme.
Dorme o tempo que não podias dormir.
Dorme não só tu,
Prepara-te para dormir teu corpo e teu amor contigo.

 

c) Quantas vezes, em sonho, as asas da saudade
Solto para onde estás, e fico de ti perto!
Como, depois do sonho, é triste a realidade!
Como tudo, sem ti, fica depois deserto!

 

d) Pálida, à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada.
Entre as nuvens do amor ela dormia!

 

e) Nas horas da noite, se junto a meu leito
Houveres acaso, meu bem, de chegar,
Verás de repente que aspecto risonho
Que torna o meu sonho,
Se o vens bafejar!

 

3. PUC-MG 

A questão abaixo remete ao poema “A Cavalgada!, de Raimundo Correia, citado em “O encontro marcado”:

 

A lua banha a solitária estrada…
Silêncio!… Mais além, confuso e brando,
O som longínquo vem-se aproximando
Do galopar de estranha cavalgada.
São fidalgos que voltam da caçada;
Vêm alegres, vêm rindo, vêm cantando.
E as trompas a soar vão agitando
O remanso da noite embalsamada…
E o bosque estala, move-se, estremece…
Da cavalgada o estrépito que aumenta
Perde-se após no centro da montanha…
E o silêncio outra vez soturno desce…
E límpida, sem mácula, alvacenta
A lua a estrada solitária banha…
A lua banha a solitária estrada…
Silêncio!… Mais além, confuso e brando,
O som longínquo vem-se aproximando
Do galopar de estranha cavalgada.
São fidalgos que voltam da caçada;
Vêm alegres, vêm rindo, vêm cantando.
E as trompas a soar vão agitando
O remanso da noite embalsamada…
E o bosque estala, move-se, estremece…
Da cavalgada o estrépito que aumenta
Perde-se após no centro da montanha…
E o silêncio outra vez soturno desce…
E límpida, sem mácula, alvacenta
A lua a estrada solitária banha…

 

Todos os traços são próprios do Parnasianismo e ocorrem no poema acima, EXCETO:

a) apreço por poemas de forma fixa, como o soneto.
b) atmosfera mística, de contornos indefinidos.
c) exaltação da vida, dos jogos, do prazer.
d) paisagem exterior, rica de plasticidade.
e) riqueza de ritmos e nobreza vocabular.

 

4. FMU

Rio Abaixo
Treme o rio, a rolar, de vaga em vaga…
Quase noite. Ao sabor do curso lento
Da água, que as margens em redor alaga,
Seguimos. Curva os bambuais o vento.

 

Vivo há pouco, de púrpura sangrento,
Desmaia agora o Ocaso. A noite apaga
A derradeira luz do firmamento…
Rola o rio, a tremer, de vaga em vaga,

 

Um silêncio tristíssimo por tudo
Se espalha. Mas a lua lentamente
Surge na fímbria do horizonte mudo:

 

E o seu reflexo pálido, embebido
como um gládio de prata na corrente,
Rasga o seio do rio adormecido.
Olavo Bilac

 

Lendo o poema, não é difícil perceber tratar-se do estilo de época do: 
a) arcadismo
b) romantismo
c) parnasianismo
d) simbolismo
e) modernismo

 

5. FMU

Rio Abaixo
Treme o rio, a rolar, de vaga em vaga…
Quase noite. Ao sabor do curso lento
Da água, que as margens em redor alaga,
Seguimos. Curva os bambuais o vento.

 

Vivo há pouco, de púrpura sangrento,
Desmaia agora o Ocaso. A noite apaga
A derradeira luz do firmamento…
Rola o rio, a tremer, de vaga em vaga,

 

Um silêncio tristíssimo por tudo
Se espalha. Mas a lua lentamente
Surge na fímbria do horizonte mudo:

 

E o seu reflexo pálido, embebido
como um gládio de prata na corrente
Rasga o seio do rio adormecido.
Olavo Bilac

 

Bilac sobressaiu-se entre os poetas de seu tempo e, mesmo, da Literatura Brasileira. É dele também:

 

a) Esbraseia o Ocidente na agonia
O sol… Aves em bandos destacados,

 

b) Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores novas, mais amigas.

 

c) Se a cólera que espuma, a dor que mora
N’alma, e destrói cada ilusão que nasce…

 

d) Ó formas alvas, brancas, formas claras
de luares, de neves, de nebrinas!…

 

e) Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar…

 

6. ENEM

Mal secreto
Se a cólera que espuma, a dor que mora
N’aIma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;

 

Se se pudesse, o espírito que chora,
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!

 

Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!

 

Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!

 

(CORREIA, R. In: PATRIOTA, M. Para compreender Raimundo Correia. Brasilia: Alhambra, 1995.)

 

Coerente com a proposta parnasiana de cuidado formal e racionalidade na condução temática, o soneto de Raimundo Correia reflete sobre a forma como as emoções do indivíduo são julgadas em sociedade. Na concepção do eu lírico, esse julgamento revela que:

 

a) a necessidade de ser socialmente aceito leva o indivíduo a agir de forma dissimulada.
b) o sofrimento íntimo torna-se mais ameno quando compartilhado por um grupo social.
c) a capacidade de perdoar e aceitar as diferenças neutraliza o sentimento de inveja.
d) o instinto de solidariedade conduz o indivíduo a apiedar-se do próximo.
e) a transfiguração da angústia em alegria é um artifício nocivo ao convívio social.

 

7. CEFET-PA

Leia os versos:
Esta, de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhantes copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.

 

Era o poeta de Teos que a suspendia.
Então e, ora repleta ora esvaziada,
A taça amiga aos dedos seus tinia
Todas de roxas pétalas colmada. 
(Alberto de Oliveira)

 

Assinale a alternativa que contém características parnasianas presentes no poema:
a) busca de inspiração na Grécia Clássica, com nostalgia e subjetivismo;
b) versos impecáveis, misturando mitologia clássica com sentimentalismo amoroso;
c) revalorização das ideias iluministas e descrição do passado.
d) descrição minuciosa de um objeto e busca de um tema ligado à Grécia antiga.
e) vocabulário preciosista, de forte ardor sensual.

 

8. FEI-SP

Leia com atenção:
“O objetivo da “arte pela arte” é o Belo, a criação da beleza pelo uso perfeito dos recursos artísticos; nesse sentido, levaram ao exagero o culto do ritmo, da rima e do vocabulário”;

 

“A partir de 1883, este movimento se define na Literatura Brasileira, sobretudo com os versos de Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac”.

 

Assinale a alternativa que indica o movimento de que tratam os fragmentos acima:

a) Modernismo
b) Parnasianismo
c) Concretismo
d) Simbolismo
e )Naturalismo

 

9. FMTM-2003

Para responder a esta questão, considere os versos.

 

Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego,
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço; e a trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua,
Rica mas sóbria, como um templo grego.

 

Pelas características desse texto, é correto afirmar que pertence à estética:

a) arcadismo; seu tema é a entrega às sensações geradas pela poesia; o trabalho do poeta é suscitar imagens fortes.

b) romântica; seu tema é a evasão no espaço; o trabalho do poeta é visto como extravasamento da emoção.

c) parnasiana; seu tema é a própria poesia; o trabalho do poeta é visto como busca da perfeição formal.

d) modernista; seu tema é a agitação da vida moderna; o trabalho do poeta é visto como registro dessa agitação.

e) barroca; seu tema é a religiosidade; o trabalho do poeta é visto como sacrifício.

 

10. ITA-2003

A questão a seguir refere-se ao texto “Língua”, de Caetano Veloso, exposto abaixo. Gosto de sentir a minha língua roçar 
A língua de Luís de Camões 
Gosto de ser e de estar 
E quero me dedicar 
A criar confusões de prosódia 
E uma profusão de paródias 
Que encurtem dores 
E furtem cores como camaleões 
Gosto do Pessoa na pessoa 
Da rosa no Rosa 
E sei que a poesia está para a prosa 
Assim como o amor está para a amizade 
E quem há de negar que esta lhe é superior? 
E deixa os portugais morrerem à míngua “Minha pátria é minha língua” 
Fala, Mangueira! Flor do Lácio, Sambódromo Lusamérica, latim em pó. 
O que quer O que pode Esta língua? (…) 

 

A expressão “Flor do Lácio” também faz parte de um famoso poema da Literatura Brasileira, intitulado “Língua Portuguesa”, produzido na segunda metade do século XIX. 

 

Assinale a alternativa que apresenta características pertencentes ao estilo da época em que foi produzido esse poema.

a) Subjetivismo, culto da forma, arte pela arte.
b) Culto da forma, misticismo, retorno aos motivos clássicos. 
c) Arte pela arte, culto da forma, retorno aos motivos clássicos. 
d) Culto da forma, subjetivismo, misticismo. 
e) Subjetivismo, misticismo, arte pela arte.

 

Gabarito:

1. A
2. C
3. B
4. C
5. B
6. A
7. D
8. B
9. C
10. C

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